quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Memorial e Atividades Gestar II

MEMORIAL - APRENDENDO A LER O MUNDO


Chamo-me Luciene Viana Santos, sou professora da Rede Estadual de Ensino há onze anos e estou utilizando este espaço a mim concedido para relatar as minhas experiências na educação.Voltando um pouco à minha infância, lembro-me com bastante lucidez de um momento marcante que ocorreu na casa de minha avó paterna. Eu e meus irmãos íamos para Camaragibe aos finais de semana e numa manhã de chuva forte, ficamos impedidos de brincar no enorme quintal que tinha lá. Ficamos todos dentro de casa, procurando algo para passar o tempo e percebi uma certa inquietação do meu irmão mais velho, que entrava e saia do quarto de tia Olívia o tempo todo.Curiosa, fui logo ver o que estava acontecendo. Vi que ele guardava algo na última gaveta do guarda-roupa. Esperei ele sair e fui ver o que era. Que surpresa eu tive, a gaveta estava cheia de revistas e gibis dos mais variados tipos. Dos mais novos aos mais usados. Depois que descobri seu segredo, não parei mais de mexer na dita gaveta, sempre que ia pra casa da vovó, ficava me deleitando com aquelas imagens coloridas que deixavam feliz e relaxada.Em casa havia sempre muitos livros disponíveis, mas apenas alguns me chamavam a atenção. Conosco, morava uma prima chamada Inalda, que já fazia o curso de Nutrição. Minha mãe trabalhava fora e ela dava uma ajuda, tomando conta dos primos. A noite, ela costuma sempre ler algo para mim antes de dormir e eu não ficava acordada até tarde da noite. As vezes eu escolhia a história, as vezes era ela. Mas o que eu gostava mesmo era de ficar imaginando o texto que ela contava como se fosse de verdade. A leitura me deixava calma e me dava sono também.Contudo eu só dormia depois que acabava a história. Eu gostava muito de folhear umas revistas que meu pai trazia do trabalho chamada Almanaque. Lá tinha de tudo, fotos grandes, paisagens, quadrinhos, eu gostava muito dela.Depois disso, quando comecei a ser alfabetizada, gostei logo da professora Zélia porque ela também gostava de contar histórias. A escolinha ficava duas ruas depois de minha casa. Logo na entrada vi uma estante cheia de livros, o que me chamou a atenção. Ao chegar nós rezávamos, cantávamos e realizávamos diversas atividades com montagem, desenhos, colagens e, em algumas delas a gente cantava também. Para me incentivar mais, minha mãe comprou um pequeno quadro negro onde havia o alfabeto completo com letras vermelhas, bem bonitinho. Minhas brincadeiras em casa eram sempre de escolinha ou bonecas.A professora Zélia dividia as atividades da semana pelos dias. Tinha dia pra pintar, desenhar, brincar, contar historias. Nos dias de contar histórias, a turma sempre ficava mais calma, prestando a atenção num silêncio enorme. Eu ficava totalmente paralisada. Foi quando ela solicitou por escrito que minha mãe comprasse um livro de historias para levar a escola na semana seguinte. Ela pediu que escolhêssemos um assunto de nosso interesse, como eu admirava balé clássico, comprei um livrinho falando de uma bailarina do circo. Enquanto ela contava, eu vivia imaginariamente aquela personagem. Tudo era real para mim. Ali eu viajava até o final da história. Realmente, eu recebia estímulos não só em aprender o código alfabético, eu começava a entender as leituras que eu recebia oralmente. Nós conversávamos sobre o texto e a professora sempre nos oportunizava para comentar o que entendíamos. Eu me sentia a vontade para falar e dizer coisas além do texto. Isso foi gratificante.Num segundo momento, vieram os livros de receita e de enfermagem da minha mãe, catálogos, as revistas do papai, gibis do meu irmão, livros diversos, etc.Hoje, como professora, observo que o desenvolvimento alucinante da mídia, as crianças e adolescentes já não lêem mais como antes. A estrutura familiar mudou sua configuração. As mulheres passaram a trabalhar fora, muitas de casamentos desfeitos, aumentando sua responsabilidade em sustentar os filhos, o que sobrou para as crianças foram as “babás eletrônicas” e as televisões.Com pais ausentes, essas crianças e jovens passaram a conviver com avós, tios, primos quando não, ficam sozinhas ou na rua.Na escola onde trabalho vejo como os jovens não gostam de ler porque não tiveram esses hábito desde a infância. Quando sugerimos algum tipo de leitura, eles não têem paciência, dizem que não gostam muito e estão acostumados a rapidez das informações já prontas e formuladas que estão na mídia digital.Recebem tudo pronto que vem pelo computador. Cabe ao professor analisar as questões atuais e criar mecanismos mirabolantes, quase mágicos, que possam envolver o aluno para que eles sintam prazer em ler e produzir textos.Muitas vezes eles não compreendem o que lêem por estarem desinformados das coisas do mundo. Em minhas atividades diárias sempre pesquiso textos que sejam do interesse deles por idade/série ou mesmo dos assuntos que sejam atraentes e de sua curiosidade.Procuro ver textos variados da nossa literatura e retiro material de revistas direcionadas ao publico jovem, mas de caráter educativo e instrucional. Digo-lhes que a leitura é algo prazeroso e que não deve ser uma atitude imposta em lugar nenhum, muito menos na escola.







AVANÇANDO NA PRÁTICA - Livro TP 3 Capítulo 09 ( página 30 e 31 ) em 28/04/2009 Turma: 8a. série

Objetivo Geral: reconhecer o gênero textual música
Objetivo específico: localizar informações implícitas e explicitas na música, produzir textos e explorar o tema "Trabalho" Observar a sequência narrativa no texto

TEMA : trabalho

Dei início a aula escutando a música "Guerreiro menino", do compositor e cantor Gonzaguinha, interpretada pelo cantor Fagner. Depois de ouvi-la, iniciamos um debate oral sobre o tema principal, levantando questões sobre a importância e necessidade do trabalho na nossa vida, por quê precisamos trabalhar, em que condições encontram-se os trabalhadores hoje no Brasil, o que melhorou e precisa melhorar nas condições e Leis trabalhistas, o salário ( por quê o nome "mínimo"), enfim tivemos uma conversa agradável e participativa entre os alunos da 8a. série.Em seguida pedi que eles formassem uma dupla e que escolhessem entre si um líder ou representante para vir ao quadro e escrever a definição de trabalho cada vez que eu dissesse: "trabalho é..." Estabeleci um tempo de dez a quinze minutos para eles refletirem e copiar suas definições.Cada representante cumpriu sua tarefa no tempo previsto e como restavam alguns minutos da 2a. aula eles mesmos sugeriram que fizéssemos uma exposição em cartazes, onde colaríamos imagens de trabalhadores de diversas categorias e eles colocariam suas frases ao lado ou abaixo das figuras. Comentei com eles sobre a importância de suas produções textuais escritas, elogiei todas, já que haviam poucos erros de ortografia e a organização de suas idéias estavam boas. Fiz a revisão geral, eles produziram os cartazes e colocamos nos corredores da escola.O que me deixou feliz foi ver, algumas horas depois, alguns funcionários de uma empresa que estavam trabalhando na escola fazendo reparos na rede elétrica, lendo os cartazes, quem sabe vendo-se a si mesmos.






AVANÇANDO NA PRÁTICA - Livro TP 3 Capítulo 10 ( Página 25 ) em 04/05/09
TURMA: 7a. B

TEMA: Biografia

Objetivo Geral: relatar experiências como forma de valorizar opiniões e informações contidas
nos textos lidos, possibilitando a participação social e cidadã de cada aluno
em suas produções textuais.


Objetivo específico: produzir sua biografia, observando o domínio social da linguagem, seu
posicionamento e compreensão do mundo.


ATIVIDADES DESENVOLVIDAS


1a. aula - (29/04/09) Fizemos leituras de fragmentos das biografias de Betinho, Gandhi e Martin
Luther King. Em seguida exploramos oralmente quem foram essas pessoas, a função
social que cada um deles teve perante a sociedade e o que eles representaram para o
mundo. Fizemos uma análise geral dos textos para que cada aluno identificasse os tipos
de informações que constituem uma biografia, utilizando o livro Arte e Manhas da Linguagem.

2a. aula (30/04/09) Fiz uma apresentação da biografia do profeta Gentileza através de uma
leitura de texto xerocado do livro Arte e Manhas da Linguagem, páginas 46 a 48, sob o
título "Onde mora a sabedoria?", escrito por Maurício B. de Castro. Os alunos fizeram
questionamentos sobre ele e chegaram a confundi-lo com a personagem de Antônio
Conselheiro, do filme Guerra de Canudos. Expliquei para eles quem foi Gentileza e uma
aluna disse tê-lo visto numa novela global, representado pelo autor Paulo José. Pedi que
ela falasse um pouco mais sobre o que tinha visto e ela me respondeu que algumas
pessoas pensavam que ele era um mendigo, outros, um profeta ambulante, enfim escla-
reci quem ele realmente foi para a sociedade. Em seguida expliquei para a turma a im-
portância de se escrever uma biografia, pois este genero textual registra no tempo e
no mundo os grandes feitos de personalidades anônimas ou não que foram protagonistas
de suas histórias para a humanidade.

3a. aula (03/05/2009) Solicitei que os alunos fizessem uma pesquisa na internet sobre a biogra-
fia de um ídolo de sua admiração ( uma personalidade, um cantor, um músico, poeta,
político, etc.). Usamos o laboratório de informática e me surpreendi com alguns alunos e
suas pesquisas, dentre eles detectei um que me chamou bastante a atenção. O aluno o
Antônio pesquisava a vida de Dimitri Ivanovich Mendelev, outro pesquisou sobre Van
Gogh, enfim fiquei admirada pelo gosto apurado de alguns alunos que eu não conhecia.
Depois desse contato pude explorar melhor minhas aulas, envolvendo textos visuais de
artistas famosos como Monet, Manet, Van Gogh, etc. Eu acreditava que eles não fossem
dar muita importância a essa atividade ou mesmo que escolheriam artistas populares,
como Roberto Carlos. A grande maioria escolheu personalidades que marcaram a histó- ria mundial e o resultado dessa atividade foi gratificante para todos.

4a. aula (04/05/09) A proposta dessa aula foi a produção textual individual de cada aluno, ou
seja, cada um iria escrever sua própria biografia, em terceira pessoa, como foram feitas
as outras biografias lidas nas aulas anteriores. Não houve rejeição por parte de nenhum
alunos, apenas alguns me pediram que eu não deixasse ninguém ler, apenas eu. Procu-
rei respeitar ao maximo suas individualidades até mesmo porque eles relataram coisas
de suas vidas, fatos ocorridos no passado, mágoas, tristezas, frustrações, abandonos, re-
lacionamentos desfeitos, perdas profundas que marcaram seus passados. Foi um
momento que senti o quanto eles confiavam em mim em suas confissões.


PROBLEMAS DETECTADOS

Logo na primeira aula me deparei com um problema, a xerox da escola estava desativada e eu não pude xerocar o texto que iria ser trabalhado para os alunos. Eu pretendia fazer uma leitura
silenciosa, então tive que ler para eles, mostrando as imagens e figuras que estavam no livo. Felizmente eles ficaram em silêncio, admirados com a figura "esquisita" e "diferente" do profeta Gentileza.
No segundo dia, quando chegamos a sala de vídeos, tivemos que esperar um pouco porque a chave da sala estava com uma professora e não no quadro da secretaria. Perdemos um pouco de tempo e os alunos começaram a ficar impacientes e dispersos. Pedi um pouco de paciência da parte deles e tudo se resolveria. Deixei registrado no livro de agendamento qual o vídeo que iríamos assistir e o tema da aula daquele dia. Essas dificuldades ocorreram porque estávamos sem um Coordenador para o laboratório.






ATIVIDADE PRÁTICA - TEMA : Dia das Mães em 11/05/09
TURMA: 6a. SÉRIE


Objetivo Geral: conhecer o histórico da arte teatral e homenagear as mães no seu dia.

Objetivo específico: produzir e interpretar o texto em comemoração ao dia das Mães;
narrar histórias embasadas na realidade dos ouvintes (interlocutores);
Explorar a oralidade dos alunos;

TEMA : Dia das mães



1a. aula (27/04/09) - Iniciamos a aula fazendo um jogo de aquecimento onde cada aluno pegava
uma folha de papel em branco e faziam o contorno do seu próprio rosto. Em
seguida eles recortaram o papel na parte dos olhos e nariz e prenderam
com elástico. Logo eles entenderam que seria uma máscara, então solicitei
que, em dupla, eles pensassem numa emoção e tentassem expressá-la
com o corpo para que os outros adivinhassem. A atividade foi divertida e
alguns alunos conseguiram descobrir as emoções representadas pelos
colegas, outros não.

P.S. Esta atividade poderá ser feita individualmente ou em dupla, que podem combinar um mesmo sentimento


2a. aula (28/04/09) - Ainda sem falar diretamente sobre teatro, demos início a esta aula fazen-
do uma dinâmica para explorar os sentidos humanos. Dividi a turma em cinco grupos e fizemos o sorteio dos temas a seguir, um para cada grupo, para o início do jogo dos sentidos:

Tema 1 - Sem fazer uso de nenhum objeto real, devem transmitir a sensação de tocar ou sentir,
um a um, os objetos relacionados a seguir:
a) uma pedra de gelo;
b) um sabão amolecido pela água;
c) uma panela com água quente;
d) uma mala cheia e pesada;

Tema 2 - Sem fazer uso de nenhum objeto real, ver e reagir a:
a) um clarão de um raio;
b) uma mariposa voando;
c) um prato de comida apetitosa;
d) um retrato em cima de uma lareira;

Tema 3 - Sem fazer uso de nenhum objeto real, ouvir:
a) seu nome chamado no aposento vizinho;
b) o latir de um cão;
c) o som de um mosquito;
d) o som da chava no telhado;

Tema 4 - Sem fazer uso de nenhum objeto real, sentir o gosto de:
a) chá fervendo numa xícara;
b) uma colher de remédio amargo;
c) uma rodela de limão;
d) um pedaço de bife;

Tema 5 - Sem recorrer ou fazer uso de um objeto real, sentir o cheiro de :
a) uma flor cheirosa;
b) um monte de lixo;
c) um vidro de amônia;
d) um alimento de sua preferência;

Cada grupo criará uma forma original e diferente para essa apresentação. Esse é um tipo de exercício teatral didático. Ao final de tudo, fiz uma breve exposição oral sobre o teatro realista, que começa a partir do uso dos cinco sentidos humanos.


3a. aula - (29/04/09) Esta aula foi mais curta porque era apenas 1h/a e eu tive que xerocar o texto do livro teatro - Novo telecurso, da Fundação Roberto Marinho, recebido na escola através do MEC. Fiz a leitura na qual os alunos acompanhavam e dava pequenas pausas para explicar o que eles não entendiam. meu objetivo maior era lhes mostrar que o teatro Realista buscava mostrar que a obra teatral deve ser real, como real é a vida e que o nosso trabalho, que seria uma peça a ser apresentada no dia das mães também deveria ser real, que mexesse com os sentimentos do público. A partir daí, selecionamos um tema, falaríamos sobre o cotidiano de muitas mães, as que trabalham fora para sustentar a família, as domésticas, que muitas vezes não têm seu trabalho reconhecido no meio familiar, empresárias, mulheres modernas. Depois de selecionado o grupo de mulheres que achamos mais interessantes, partimos para a produção de texto.

4a. aula - 30/04/09) Começamos a coletar idéias sobre as mulheres que colocaríamos em evidência na nossa peça e duas alunas mencionaram o nome de Maria, a mãe de Jesus. Elas disseram que seria interessante fazer uma representação de uma mãe que fosse um exemplo maior de amor para o final da peça. Achei muito boa a idéia e coletamos alguns dados por escrito e demos o título de "Marias". Iniciamos o texto a partir de algumas profissões, como empregadas domésticas, professoras, assistente social, empresária e fizemos textos curtos, imitando as falas dessas mulheres em relação ao seu papel perante a sociedade e a família. No final colocamos a figura de Maria, mãe de Jesus, que simbolizava a luta de multas mulheres, muitas Marias e de sua dedicação à família e ao trabalho.

OBS: a peça foi apresentada no dia 11/05/2009 às 9:00h , no teatro interno da escola.



AVANÇANDO NA PRÁTICA - Livro TP 3 Capítulo 10 ( Página 74 e 75 )
Dia 10/06/2009 Turma: 8a. série

TEMA: DIA DOS NAMORADOS

Objetivo Geral: conhecer o tema principal do gênero música

Objetivos Específicos: interpretar o texto, identificar o tema, o autor, o ouvinte;
localizar as idéias implícitas no texto;
Reconhecer o uso de metáforas ; comparar os textos;


ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

2h/a - Comecei a aula distribuindo a cópia do texto escrito, da música "Amar é...", do grupo Roupa Nova e logo em seguida escrevi a música "Amor I love You", de Marisa Monte. mesmo antes de iniciar qualquer atividade, percebi a curiosidade de alguns alunos ao ver o microsisten e questionarem se "hoje ía ter música". Coloquei o CD do Roupa Nova e eles acompanharam a música, o silêncio foi total. Alguns cantavam baixinho e eu disse-lhes que eles poderiam soltar a voz e cantei junto com eles. Ao término da música, escutei vários comentários, principalmente das meninas, do quanto a música era "bonita", "romântica", "agradável". Confesso que fiquei surpresa ao vê-los tão quietos, prestando a devida atenção.
Em seguida coloquei o Cd de Marisa Monte e, antes mesmo de tocar a música, alguns alunos começaram a cantar o refrõ por já conhecerem a canção, principalmente os meninos. Eles fizeram até um corinho. Notei que eles estavam bem descontraídos e não sentiram vergonha em cantar. pedi que esperassem um pouco para que todos cantassem juntos e assim eles fizeram. Cantamos juntos, pois eles estavam bem animados. Quando a música acabou, notei que alguns alunos suspiravam e comentavam que "a música fazia bem ao espírito", "é boa pra namorar", "essas músicas me inspiram a escrever para o correio do amor", enfim foram diversos comentários.
Num segundo momento, fizemos uma reflexão em grupo sobre as formas de expressão do texto, a linguagem utilizada (conotativa e denotativa), e, em alguns trechos, comparativa, os sentidos sugeridos nas idéias coclocadas, enfim interpretamos e contextualizamos os textos. Questionei o por quê eles gostaram das músicas e muitos disseram que havia harmonia entre as letras e as músicas, as palavras usadas para falar dos sentimentos eram poéticas e bem elaboradas, identificaram o tema, falaram do romantismo do texto da música "Amar é...", reconheceram o gênero textual e seus autores, perceberam que não havia gírias e que o texto expressava um sentimento que muitas pessoas têm, mas não conseguem dizer da forma como estava exposta nos textos, por isso era agradável.
ao final de todo esse debate oral, solicitei que eles escolhessem umas cinco palavras dos dois textos e dessem sua própria definição para que, juntos, construíssimos um dicionário amoroso e colocássemos em exposição no dia dos namorados , no momento em que seriam lidos as cartas e bilhetes do "Correio do Amor" (que outra atividade que já fazemos na escola). Todos participaram e se sentiram importantes ao saber que suas idéias sobre o amor seriam colocadas num mural que iremos construir dia 12/06/09.








AVANÇANDO NA PRÁTICA - Livro TP 3 Unidade 10 ( Página 59 e 60 ) em 02/07/09
TURMA: 6A. SÉRIE


Objetivo Geral: analisar e interpretar o texto;
Objetivo específico: fazer uma exploração oral sobre o tema " o trabalho das lavadeiras"

TEMA: Lavadeiras de Moçoró (texto)


Comecei a aula com um pouco de dificuldades porque a xerox da escola estava sem tinta e eu não dispunha de dinheiro para tirar cópias do texto escrito para distribuir com os alunos. Mesmo assim, não desisti e copiei o texto no quadro.

Após alguns minutos, fizemos um debate oral sobre a função das lavadeiras, onde normalmente encontramos essa profissão , qual a importância dessa função para as mulheres das áreas urbanas e rurais, enfim, exploramos as idéias centrais do texto.
Questionei se eles conheciam alguma lavadeira no bairro onde moram, se já observaram como as lavadeiras trabalham, se o trabalho delas é valorizado financeiramente pela sociedade, onde elas trabalham hoje, qual a contribuição do trabalho delas para suas famílias, enfim, explorei e respondi a tudo o quanto eles tinham dúvidas. Aproveitei a oportunidade para lhes contar, também sobre minhas experiências de infância. O lugar onde minha avó paterna morava, no município de Camaragibe, havia muitas lavadeiras por causa dos riachos, rios e cacimbas que existiam lá. Nas proximidades de São Lourenço da Mata as lavadeiras iam realizar seus trabalhos, muitas vezes em grupo de quatro a cinco mulheres. Elas saiam bem cedinho, quando o dia ainda estava amanhecendo. A maioria delas caminhava muito, porém sempre alegres e sorridentes. Minha vó acordava cedo também e ia pro roçado e eu a acompanha até a beira do rio. Eu ficava observando que as lavadeiras cantavam enquanto trabalhavam. Elas carregavam suas trouxas de roupas e bacias de alumínio na cabeça, num equilíbrio incrível, de dar inveja. Ao chegar na beira da cacimba, elas se agachavam e começavam seu trabalho. As lavadeiras batiam os lençóis nas pedras, torciam, batiam e rebatiam novamente nas pedra, depois de um bom tempo elas enxaguavam os tecidos e colocavam ao sol para secar no gramado verdinho que tinha lá, porque não haviam varais.

Depois desse meu comentário alguns alunos também contaram suas experiências com parentes, pois eles haviam morado em pequenas cidades do interior e também sabiam da existência dessa função ou mesmo trabalho para algumas mulheres. Ficaram exaltados, querendo falar todos ao mesmo tempo, uns perguntando aos colegas o nome da cidade, outros dizendo que nunca tinham visto. Mantive a ordem das falas para que todos pudessem ser contemplados em seus questionamentos. Depois disso, passei um questionário referente ao texto lido , para fixação do conteúdo, mas confesso que a exposição oral feita anteriormente ajudou muito porque eles não tiveram dificuldades para responder os exercícios e as idéias fluiram naturalmente para a escrita. Ao final da aula , fiz a correção coletiva, porém um ou outro aluno se oferecia para expor sua idéia por ser diferente das demais.

Todos participaram e se sentiram importantes em saber que suas idéias sobre esse assunto seriam ouvidas pelos demais colegas da sala.





AVANÇANDO NA PRÁTICA - Livro TP Capítulo ( Página ) em 22/08/09
TURMA: 6A. SÉRIE

Objetivo Geral: conhecer o gênero teatral
Objetivo específico: Representar a lenda africana: Okê e conhecer a lenda do inhame


TEMA: lenda africana

21/07/2009
Durante uma conversa informal em sala de aula com os alunos da 6a. série para ver qual o trabalho que iríamos desenvolver na semana do folclore, dois ou três alunos comentaram que gostariam de fazer algo diferente do comum, em vez de expor trabalhos ou cartazes, fazermos uma peça.

22/07/2009
No dia seguinte eu propus uma pesquisa sobre a cultura africana, que era riquissima, e nela nós teríamos muitos assuntos para abordar. Comentei que gostaria de levá-los para uma visita ao Centro Cultural Daruê Malungo, que fica localizado na comunidade de Chão de Estrelas, no bairro de Água Fria. Esse grupo já desenvolve um trabalho com a comunidade local há 18 anos e eles tentam resgatar a cultura afro brasileira, visando tirar as crianças e jovens da marginalidade. Falei um pouco do que eu sabia e marcamos a visita.

24/07/2009
No dia marcado, peguei o grupo de alunos da 6a. série e ao chegarmos ao local, fomos recebidos pelo arte-educador que nos mostrou seu trabalho com as crianças, falou de suas dificuldades, devido à carência daquela comunidade, porém citou a sua empolgação porque fazia o que realmente gostava e não seriam as dificuldades que iriam fazê-lo parar, porque elas sempre iriam existir. Visitamos todos os ambientes pedagógicos, o salão de danças, onde eles realizavam os ensaios, a sala onde guardavam as roupas e figurinos, os instrumentos de percussão, a cozinha e por fim vimos o Centro de Pesquisa Angola Janga (a biblioteca local). Coletamos alguns dados, anotamos o site do grupo, tiramos algumas fotos e fomos embora.


27/07/2009
Já na escola, comentamos de nossa visita ao Centro Cultural com o restante dos alunos. Nesse dia eu estava com algumas revistas que contavam a história dos orixás na minha mesa e um aluno de nome Bruno começou a folheá-la. De repente, ele levantou-se e mostrou à turma uma história que narrava a lenda do inhame. Bruno comentou que havia lido uma parte e pediu que eu lesse para a turma. Todos fizeram silêncio e dei início a narrativa. Com bastante empolgação eles decidiram que aquela história poderia ser representada , faríamos algumas adaptações e todo estaria pronto para, no dia seguinte, iniciarmos os ensaios. Selecionamos em grupo quais os alunos que iriam participar da peça, listamos e dividimos as falas.

Nas semanas que se seguiram foram os ensaios, os quais tivemos algumas dificuldades, por causa da indisciplina de alguns alunos que só queriam brincar. Mas, a custa de muitas repreensões e falando da importância do trabalho pedagógico que estavamos fazendo, da valorização que dava ao desempenho de cada um, tudo passou a melhorar. Começamos a definir os figurinos, os acessórios que eles iriam usar, como arcos, máscaras, adornos no estilo africano.


PROBLEMAS DETECTADOS

A peça foi representada no dia 22/08/09 na quadra da escola. O que dificultou um pouco a apresentação foi o fato de ter faltado energia elétrica no teatro e por isso não incluimos o material do cenário que estava bastante característico de uma aldeia africana. Além disso a acústica da quadra prejudicou a representação das falas e tivemos que introduzir um microfone.
Então, a forma como foi apresentada descaracterizou um pouco o nosso trabalho e os alunos ficaram mais tímidos e apreensivos devido a toda aquela situação inesperada e ao local da apresentação.

COMENTÁRIO PESSOAL -

Nós, professores de escolas públicas estamos acostumados a lidar com muitas situações inesperadas como essa que ocorreu comigo e meus alunos, no entanto temos um impluso inovador constante que nos faz driblar as situações difíceis que surgem. Sei que meu trabalho com essa equipe foi prejudicado pela falta de estrutura que nos foi oferecida, a quadra da escola.
A quadra estava preparada para apresentar outras atividades e não a nossa, uma peça teatral.
Percebi uma certa apreensão nos alunos quando eles ficaram sabendo que não havia energia elétrica no palco do teatro. Muitos comentavam "e agora, o que vamos fazer?", "como vai ser nossa apresentação, professora?"
Confesso que até eu me surpreendi com toda aquela situação. Mantive a calma e ponderei sobre outros aspectos, como o lugar bem arejado, o espaço físico maior, então reanimei a turma com palavras de incentivo e disse-lhes que o teatro é assim mesmo, tem coisas que temos que improvisar e eu confiava no potencial de cada um deles e sabia que o trabalho sairia bom em qualquer espaço da escola. Foi com palavras de ânimo que reavivei o grupo e apresentamos a peça "Okê".
Este fato ocorrido me fez avaliar a situação em dois aspectos, um positivo, que foi a ousadia do improviso e a ruptura do medo e o aspecto negativo que foi ver uma parte de todo um trabalho bem estruturado não ser mostrado ao público, pois tínhamos construido todo um cenário para caracterizar uma aldeia africana. Isso, às vezes faz a gente perder o incentivo e a empolgação em realizar certas atividades na escola, principalmente quando vemos a frustração no rosto de nosso alunado.





AVANÇANDO NA PRÁTICA - Livro TP 5 Unidade 19 (página 135) em 09/09/2009
TURMA 8a. série


Objetivo geral: conhecer os elos coesivos em textos
Objetivo específico: identificar os elos coesivos e utilizá-los em textos persuassivos

TEMA: coesão textual


08/09/2009 - Nesta primeira aula eu tirei cópia do texto "Os urubus e sabiás" e fizemos a leitura. Em seguida fiz a proposta da atividade e percebi que os alunos estavam com muitas dificuldades. Houve alguns comentários de alunos que diziam " nunca fiz uma atividade desse jeito", "é muito difícil" , "eu não sei fazer", foi ai que eu me propus a explicar, com alguns exemplos, o que era coesão, como ela acontecia e o que ocorreria ao texto se houvesse uma quebra de coesão. Essas explicações não sairam da oralidade, pois eu queria observar como os alunos iram responder as questões e se posicionar diante das dificuldades. Ainda reclamando muito, tirando dúvidas uns com os outros, eles realizaram os exercícios.
Quando tocou a segunda aula, eu recolhi as atividades ,li e entreguei novamente para fazer uma correção coletiva. Passo a passo, fomos identificando cada elemento coesivo, dando uma visão da funcionalidade dos pronomes e advérbios, apontando seus referenciais e sua localização temporal, a sequência narrativa, os verbos, enfim, os alunos perceberam que a atividade não era tão difícil como parecia, apenas tivemos que analisar mais cada elemento de coesão e saber sua funcionabilidade. Por ser uma atividade "diferente" e nunca utilizada por eles, causou-lhes um certo temor. Continuei explicando a eles que, nos concursos e provas do enem, as atividades eram parecidas como aquela, que tinham que ser bem analisadas para serem respondidas corretamente. Percebi o grau de dificuldades que eles apresentaram durante as tarefas e vi que eu tinha muito trabalho pela frente. Posteriormente eles iriam realizar a Prova Brasil e deveriam ter mais conhecimentos com outras metodologias propostas pelo gestar, e eu teria que
aproveitar minhas aulas e aprofundar este conteúdo.
Confesso que esta segunda aula não foi fácil, uns queriam desistir por causa do grau de dificuldades que estavam sentindo, mas eu insisti para que continuassem, pois era dessa forma, vencendo as dificuldades e tirando dúvidas que eles iriam aprender.
AVANÇANDO NA PRÁTICA - Livro TP 5 ou 6 Unidade Página 82 em 18/11/2009
Turma 8a. Série
Objetivo geral: produzir texto jornalístico, respeitando suas características básicas e de forma objetiva
Objetivo específico: produzir notícia de forma clara e objetiva, basando-se em programas televisivos de grande audiência em sua cidade.
TEMA: paráfrase do conto Chapeuzinho Vermelho
Na primeira aula fizemos a leitura da proposta da atividade 1, onde eu tirei xerox para que cada aluno fizesse seu trabalho individualmente. Recontei, oralmente, a história de Chapeuzinho Vermelho, porque alguns alunos não sabiam muito bem como este conto terminava. Fiz uma breve revisão sobre as principais informações sobre este tipo de texto, expliquei sobre a manchete, o título, a organização das informações, etc. Partimos para a produção textual.
Ao tocar a segunda aula, continuamos as produções, alguns alunos dizendo-se "sem criatividade", " sem idéias", com preguiça mesmo, mas depois, vendo alguns colegas produzindo, começaram a oralizar e se empolgaram, passando para a parte escrita. O texto que irei postar logo abaixo é de uma aluna chamada Gleice Kelly, da 8a. série.
NOTÍCIA
Branca de Neve espancada brutalmente por Duendes
"Na madrugada do dia 13 de novembro de 2009, Duendes da Rua da Floresta Encantada escutaram gritos e muito barulho vindo da casa dos sete anões. Era a Branca de Neve, que estava bêbada, batendo nos pequeninos homens. Os duendes se revoltaram, invadiram a casa e começaram a espancar a moça. O espancamento foi tanto, que Branca de Neve só foi salva com a chegada da patrulha florestal. A mocinha foi autuada em flagrante por crime de espancamento a menores."
P.S. Ela de Branca ficou roxa
O texto abaixo foi escrito por mim durante as atividades do Gestar como uma das propostas a serem realizadas entre professores e depois repassadas aos alunos
TEMA: intertextualidade do conto Chapeuzinho Vermelho
Autora: Luciene viana
Chapeuzinho Vermelho sequestrada em Jardim Botânico
"Na manhã de ontem, um bando de sequestradores chefiados pelo Lobo Mau, sequestraram a menor conhecida pelo nome de Chapeuzinho Vermelho, no momento em que ela se dirigia à casa de sua avó, no meio da floresta, em pleno Jardim Botânico. O bando a manteve em cárcere privado numa cabana de bambu, coberta de palhas, durante dois dias. Toda as negociações do sequestro foram realizadas pela polícia através de ligações celulares, onde o chefe do GATI comentou que o Lobo Mau queria sua avó em troca da menina, mas o resgate só aconteceu depois que o grupo foi descoberto pelo caçador José Gatilho Certeiro, que o espancou e o esfaqueou durante luta corporal que durou cerca de 15 minutos. A vovó de Chapeuzinho foi retirada da barriga do Lobo sã e salva."
P.S. "Acabou essa porcaria"
Obs: O termo acima é usado por um repórter policial chamado Cardinot, que trabalha da Rede
do SBT, em Recife, quando termina seu programa na TV.
Essa atividade ocorreu durante